ANO DA FÉ
SANTA CECÍLIA
Virgem e Mártir
(séc. II-III)
Cecília era de família romana pagã,
nobre, rica e influente. Estudiosa, gostava de música, principalmente a sacra.
Desde a infância era muito religiosa e, por decisão própria, decidiu fazer um
voto secreto de virgindade, para ser esposa de Cristo. Os pais, contrariando
sua vontade, acertaram seu casamento a um nobre romano, chamado Valeriano. Ao
saber desta notícia Cecília rezou pediu a proteção de Deus, de Maria e do seu
Anjo da Guarda.
Estando com seu marido Cecília
disse-lhe de seu voto a Jesus Cristo e a proteção do seu anjo, declarando-se
assim cristã, numa época de perseguição. Valeriano concordou com ela, e aceitou
permanecer ao seu lado e proteger sua pureza, mas como prova gostaria de ver o
anjo que a protegia.
Acompanhado do irmão Tibúrcio,
Valeriano foi às catacumbas onde o Papa Urbano estava escondido.
Converteram-se, foram catequizados e batizados. Voltando para casa viu Cecília
rezando e, ao seu lado, o Anjo que a guardava. As autoridades tiveram
conhecimento destes acontecimentos e mandaram matar Cecília, Valeriano e
Tibúrcio. A morte foi por decapitação. Suas cabeças foram cortadas, depois que
os três não negaram a fé em Jesus Cristo.
Mas a cabeça de Cecília, após ser
golpeada três vezes, permaneceu ligada ao corpo. E ficou três dias no chão,
durante os quais cantava os louvores de Deus e animava os cristãos que foram
vê-la a não renegarem a fé. Diz-se que os sons que saiam de sua boca, mesmo com
a cabeça parcialmente decapitada, eram harmonias celestiais e impossíveis de
ser cantados por uma só voz. Assim, ela tornou-se a padroeira dos músicos.
Seu corpo foi sepultado junto com o
do marido e do cunhado nas catacumbas de São Calisto em Roma. Como as relíquias
dos santos foram levadas para muitas igrejas, as de Santa Cecília ficaram perdidas
até o ano de 817 quando o Papa Pascoal I o encontrou intacto e na mesma posição
que tinha sido enterrado. O corpo foi colocado na Igreja de Santa Cecília em
Roma, e em 1.559 foi novamente aberto e continuava da mesma forma.
Sua memória é celebrada em 22 de
novembro de cada ano para recordar esta grande mulher, que converteu o esposo e
o cunhado, e permaneceu firme diante da perseguição e da morte. Neste Ano da Fé
vamos fazer memória desta grande santa da Igreja, sua vocação cristã, sua
vocação de ser esposa somente de Cristo, sua vocação à música que ela cantou em
honra do seu amado esposo Jesus Cristo. Que seu exemplo de fé nos estimule a
permanecermos firmes em nossa fé e em nossa vocação.
Pe. César Hipólito - Assessor Arquidiocesano da PV/SAV - Maringá